terça-feira, 16 de agosto de 2016

História do uso Medicinal da Maconha no Brasil


Antes de qualquer palavra sobre a “história do uso medicinal da maconha no Brasil” ou de qualquer outro aspecto da história brasileira é preciso fazer a ressalva de que, na verdade, ela não é apenas tudo que ocorreu nos últimos 500 e poucos anos. Antes dos colonizadores chegarem aqui o território já era ocupado por inúmeras nações indígenas, muitas das quais foram subjugadas ou exterminadas, outras tiveram uma diminuição drástica na sua população e perderam quase todo território que possuíam, ficando restritos a reservas demarcadas pelo estado brasileiro. A partir de 1550, os colonizadores começaram a trazer negros escravizados da África, oriundos de diferentes nações africanas, muitos deles com tradição e cultura do uso da cannabis para diferentes fins. O que quero dizer é que qualquer aspecto da história do Brasil, incluindo aí os que tiverem relação com a cannabis, é composto da relação de diferentes povos e culturas, cada uma delas com sua própria tradição e histórico de relações com esta planta. Ou seja, a história dos usos medicinais da maconha no Brasil não é formada por povos que desconheciam a cannabis, muito ao contrário, é composta da mistura de diferentes culturas e tradições do uso da planta, que se mesclaram, modificaram, competiram etc, para formar a história da qual hoje contaremos uma pequena parte.

O que as Leis dizem sobre a Maconha em diferentes lugares do mundo?

Por Sergio Vidal para o Ganja Talks

A forma como os diferentes grupos humanos e sociedades regulam ou controlam as condutas relacionadas com o cultivo, preparo, distribuição, comércio, consumo etc de cannabis e derivados para os diferentes fins variou bastante ao longo da história. A erva nunca foi proibida totalmente em nenhum período histórico a não ser no séc. XX, após uma intensa campanha midiática que associou seus efeitos com a criminalidade e a loucura entre os anos de 1920 e 1950.

Até o final do séc XIX e início do séc. XX as políticas públicas e lei sobre maconha ou outras drogas eram temas que diziam respeito apenas à política interna das Nações. A partir dos conflitos e disputas entre China e Inglaterra que ocorreram em meados do séc XIX, período denominado como Guerra do Ópio, foi criado um acordo entre diferentes países de que haveriam periodicamente reuniões internacionais para discutir e regulamentar a produção e o comércio internacional de drogas medicinais que também têm propriedades psicoativas. Inicialmente essas reuniões debateriam apenas as questões relacionadas com a produção e comércio do ópio e derivados, interesse motivador da criação desse espaço de debate entre as nações. Porém, com o passar dos anos, cada país passou a acrescentar seu próprio rol de preocupações e interesses nesse fórum permanente de construção de políticas públicas internacionais sobre drogas.

Tutorial de Semeadura e Germinação

Escolhendo um tipo de semente
Atualmente existem milhares de variedades de cannabis disponíveis no mercado legal de sementes. É possível encontrar híbridos adaptados às mais diferentes condições climáticas. Ao escolher qual variedade irá crescer no seu jardim, procure optar por linhagens de criadores que sejam bem estabelecidos na comunidade e que estejam dentro do mercado legal. Porém, o que determina qual tipo de planta será usada é qual a doença ou sintoma será tratado e o perfil de fitocanabinóides adequado, já que cada planta produz um tipo de resina medicinal.
O tamanho das semente pode variar muito, de acordo com a genética e, às vezes, isso poderá confundi-lo sobre sua saúde e aptidão para germinar. Sementes com genética mais indica tendem a ser menores e sativas maiores, mas isso é bastante variável também.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Como a indústria do cânhamo pode ajudar o semi-árido brasileiro?

O Sertão Brasileiro é a região do país com o menor índice pluviométrico, onde a escassez de água não apenas é um fator limitante do desenvolvimento econômico, mas influência na qualidade de vida de muitas pessoas e em todos os aspectos de um grande número de comunidades. Com um conjunto de características naturais específicas, o Sertão é uma habitat cuja região total ocupa boa parte da área de 8 estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), além de uma parte da região norte de Minas Gerais. No Sertão há uma área denominada oficialmente de Polígono das Secas, onde as características do clima árido são ainda mais intensas, a vida mais dura e a adaptação se torna fundamental para sobrevivência. Nessa região sempre foi difícil a produção agrícola ou pecuária e, com o passar dos anos, para garantir a sobrevivência, muitos camponeses se viram forçados a se envolver com o cultivo ilícito de maconha. Após a proibição da erva, em 1932, quando o cultivo e comércio passou a ser considerado ilegal, sendo cada vez mais reprimido e perseguido, o preço da maconha subiu e a erva virou objeto de negócio para criminosos, que viram uma oportunidade de explorar o cultivo tradicional já realizado por muitas famílias de camponeses na região. Tais famílias passaram a ser assediadas e exploradas por grupos criminosos, pratica que ocorre ainda atualmente, tanto que alguns estudos apontam que cerca de 40% da maconha consumida no Brasil seja oriunda do Polígono.



Maconha – uma planta medicinal
A maconha é cultivada por diferentes civilizações humanas há mais de 12.000 anos, para variadas finalidades e só no início do século XX ela foi proibida por alguns países e em 1961 mundialmente. Ao longo dos milênios, enquanto era semeada por diferentes grupos em todo o mundo, ela foi se modificando, explorando suas potencialidades genéticas, se adaptando aos mais variados climas, ao mesmo tempo que era selecionada de acordo com o uso ao qual serviria. Hoje ela possui inúmeras variedades, cada uma com suas características específicas seja na estrutura geral da planta, no formato e tamanho das folhas, altura e diâmetro do tronco, estrutura das flores, ou composição bioquímica da resina medicinal. A resina da erva, produzida em maior quantidade nas flores das plantas fêmeas, é a parte onde estão os princípios ativos medicinais, os chamados fitocanabinóides.
Nas últimas décadas inúmeros cientistas e pesquisadores, em diferentes países, tem realizado variados tipos de estudos e resgatado o valor medicinal da maconha, concordando que a resina extraída ou produtos medicinais à base da erva são comprovadamente eficazes para tratar doenças e aliviar sintomas variados, entre os quais: AIDS, anemia falciforme, anorexia, ansiedade, artrite, ataxia, câncer de diferentes tipos, dependência por drogas, desordens digestivas, doença de crohn, distonia, dores crônicas, enxaqueca, cólicas, epilepsias, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, espasticidade, glaucoma, reumatismo, dentre outras. Isso tem gerado um movimento mundial que, em diferentes países, resultou na legalização e regulamentação do cultivo, produção, comércio e distribuição de medicamentos à base de maconha e seus extratos naturais para uso medicinal e na proliferação de novos estudos e pesquisas.
Cânhamo – a maconha que não “faz a cabeça”
São mais de 100 fitocanabinóides conhecidos, sendo que muitos deles têm propriedades medicinais, dos quais apenas o THC é considerado como tendo efeito colateral capaz de provocar psicoatividade (ou seja, “fazer a cabeça”). Algumas variedades de maconha têm como característica uma resina com maior proporção de THC do que de outros fitocanabinóides e são esses os tipos de plantas cultivadas para serem usadas como droga recreativa, decido ao efeito colateral psicoativo. São esses também os tipos de erva mais conhecidas, já que, em consequência da proibição, são também as mais presentes na mídia e no conhecimento popular sobre o tema. Porém, não são as únicas com propriedades medicinais e algumas linhagens de cannabis têm inclusive baixas taxas de THC, ao mesmo tempo que possuem grandes quantidades de outros fitocanabinóides, incluindo CBD, ou canabidiol, reclassificado para uso medicinal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no início deste ano.
Cânhamo é o nome dado à maconha quando ela é cultivada principalmente para finalidades industriais com o objetivo de utilização do tronco para obtenção de suas fibras e polpa, ou de suas sementes e do óleo extraído delas. Segundo um relatório publicado em fevereiro de 2015 pela Congressional Research Service, entidade de cunho técnico-científico responsável por orientar o Congresso dos EUA e a Casa Branca na tomada de decisões políticas, atualmente são mais de 25.000 produtos que podem ser feitos utilizando como matéria-prima o cânhamo, separados em 9 tipos de mercado: agricultura, têxteis, reciclagem, automotivo; movéis, alimentíficia (bebidas e comidas), papéis, construção civil e cuidados pessoais/medicamentos. As linhagens de cânhamo são selecionadas especialmente para terem muita fibra e produzirem de 0,3 a 1% de THC no máximo, variando de acordo com a lei de cada país.
Ainda segundo o relatório, atualmente são cerca de 30 países onde o uso industrial da cannabis não-psicoativa é legalizado, sendo que alguns deles jamais criminalizaram esse mercado, sendo a China disparada o maior produtor. O documento afirma ainda que é difícil estimar o tamanho e lucratividade do mercado global, mas a Associação das Industrias do Cânhamo (Hemp Industries Association – HIA) afirmava que só em 2013 foram 581 milhões em produtos de cânhamo consumidos somente nos EUA, entre produção nacional e importação, revelando o potencial econômico que esse mercado pode alcançar.
Produção para fibras e sementes X Produção para flores e resina
O cânhamo é uma cultura barata e de alta produção, sendo matéria-prima de uma das fibras mais resistentes que existem e exigindo muito menos trabalho, adubação, irrigação e área cultivada que outras culturas têxteis também tradicionais como o algodão e o linho. A cannabis com baixos índices de THC pode ser cultivada tanto para produção de flores e resina, quando a finalidade é obtenção de matéria-prima para produtos com finalidades medicinal, ou para produção de fibras e sementes, em produções focadas no mercado industrial. Nas fotos abaixo vemos bem as diferenças entre as técnicas de plantio:
Imagem Charlotte´s Web – Colorado/EUA – Campo da da empresa Charlotte´s Web Botanicals voltado para produção medicinal, com plantas ricas em CBD, mas com baixo índice de THC (https://cwbotanicals.com)
Quando é cultivada para a obtenção de flores ou resina medicinal e princípios ativos a cannabis é semeada com bastante espaço entre uma planta e outra, para que os galhos laterais se desenvolvam e possam produzir mais flores. Os espécimes machos são eliminados logo que identificados, no começo do período de floração, assim as fêmeas podem atingir o máximo de produção de flores e resina. Isso é válido tanto em cultivos com linhagens com baixos índices de THC e elevados de CBD, ou em variedades com proporção igual de CBD:THC, ou mesmo com plantas ricas em THC, que também podem ser utilizadas para fins medicinais nos países onde podem ser legalmente cultivadas.
Imagem Hemp Our World – Campo de cânhamo voltado para produção industrial – Hemp Our World (http://hempourworld.org).
Quando é cultivada para obtenção de fibras ou sementes as plantas são semeadas o mais próximo possível, assim elas crescem concorrendo por luz e desenvolvem o máximo de altura possível. Não há desenvolvimento de galhos e ramos laterais e as inflorescências se concentram apenas no topo da planta. Como não há separação entre machos e fêmeas, também quase não há produção de flores ou resina. As poucas flores no topo das plantas ficam cheias de sementes. Porém mesmo a matéria-prima oriunda de plantações voltadas para uso industrial pode ser utilizadas para produção medicinal, ainda que os extratos obtidos nesse processo contenham proporcionalmente menos princípios ativos do que os extratos oriundos de produções voltadas especificamente para uso medicinal.
A Indústria do Cânhamo e o Sertão Brasileiro
Qualquer pessoa que tenha se aprofundado um pouco mais na história do Brasil que não contam nas escolas sabe que, desde o início da colonização até o início do século XX, muitos brasileiros cultivaram legalmente maconha em diversas regiões do país, inclusive o próprio governo, por meio da Real Feitoria do Cânhamo e outras iniciativas. As produções tinham como objetivo principal a extração das fibras das plantas, à época, principal cultivo têxtil no mundo. Mas o cultivo era tão difundido culturalmente que também havia muitos usos para fins medicinais e suas sementes, embora não tendo princípios ativos, mas apenas nutrientes benéficos e óleos vegetais, eram usadas como alimento humano e matéria-prima do óleo combustível para lamparinas, dentre outros usos registrados em documentos. Diversos documentos e estudos comprovam que desde a colonização até sua proibição total em 1932, e mesmo depois, a planta in natura, extratos da erva ou remédios feitos com ela eram considerados de uso legítimo e recomendado por médicos e curadores para tratar diferentes doenças. A indústria do cânhamo no país era tão intensa que em 1876 chegou a ser considerado o principal produto da nossa agricultura.
Hoje o Governo Brasileiro mantém uma guerra cega a todos os usos da maconha em nome do combate ao tráfico de drogas, supostamente para proteger a saúde pública e dos indivíduos. Todos os anos, ao longo dos meses, o governo destrói inúmeros hectares de plantações, apreende toneladas de maconha cultivada ilegalmente, incinera tudo e processa criminalmente os envolvidos. Essa Guerra é tão cega e burra que em 1997, quando a Califórnia já havia iniciado a regulamentação dos usos medicinais, por puro preconceito o Conselho Federal de Entorpecentes, atualmente Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD), negou o pedido do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (LAFEPE) para iniciar pesquisas sobre produção e eficácia de medicamentos feitos à base de cannabis. Por outro lado, a cada dia, mais e mais pessoas procuram acesso a medicamentos à base de cannabis e de seus extratos naturais e, além de terem que enfrentar uma dura burocracia para obter autorização para fazer uso medicinal, se deparam com a inexistência de um mercado nacional e se tornam reféns da obrigatoriedade de importar o medicamento. Além disso, a maior parte das pessoas autorizadas a fazer uso têm, inclusive, utilizado extratos da planta com baixas concentrações de fitocanabinóides e terpenos, por serem subprodutos oriundos de plantações destinadas à indústria têxtil e não por serem cultivadas exclusivamente para fins medicinais e, por isso, terem baixa produção de resina.
Seja cultivada para produção de medicamentos ou para a indústria do cânhamo, as plantas da cannabis se adaptam muito bem ao clima árido do Sertão e já são cultivadas de forma clandestina em todo o território. A regulamentação da indústria do cânhamo e dos usos medicinais de variedades com baixo teor de THC podem ser a solução não apenas para tornar o Sertão Brasileiro um polo produtor inserido na economia nacional, mas também para dar à população camponesa alternativas reais frente ao assédio e exploração de criminosos ligados ao tráfico que ocorrem atualmente.
Mas afinal o cânhamo e a maconha para uso medicinal são legítimos ou ilegais?
Essa não é uma resposta fácil, pois envolve não apenas o que diz a lei brasileira sobre drogas, mas também os Tratados Internacionais sobre o tema, dos quais o Brasil é signatário. Podemos dizer que na questão do uso medicinal o Brasil legalizou sem regulamentar. A lei 11.343 afirma que o Estado pode emitir uma autorização especial, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), permitindo o cultivo, produção, uso etc, desde que para fins medicinais ou científicos. Porém, apesar disso, não há qualquer tipo de regulamentação mais efetiva dessa Lei, mesmo com toda pressão social dos ativistas e coletivos pró-legalização no país. Ou seja, está na Lei, mas não há regras, resoluções, normas, decretos, protocolos que definam quais são os procedimentos nos casos relacionados com o tema.
Somente a partir de 2014, quando pacientes, seus familiares, pesquisadores e ativistas, começaram a procurar e pressionar a ANVISA para solicitar autorização e poder legalmente fazer uso medicinal dos fitocanabinóides é que o Estado começou a regulamentar os procedimentos relacionados com o tema, porém se estringindo apenas a produtos oriundos de variedades não-psicoativas, ou seja, plantas com menos de 1% de THC. No princípio, nem mesmo a Agência sabia quais procedimentos adotar para atender a demanda crescente de autorizações para importação dos medicamentos e, aos poucos foi desenvolvendo protocolos específicos para atender cada caso. Somente no início de 2015 a ANVISA iniciou a regulamentação da importação de produtos contendo CBD, mas manteve o veto aos que tenham mais de 1% de THC.
Na prática, no Brasil não há nenhuma empresa produzindo cannabis para fins medicinais ou cultivando cânhamo para uso industrial. Porém o país pode regular a matéria como bem entender, já que todas as outras nações onde o uso medicinal da maconha ou a indústria do cânhamo são legalizados, assim como o Brasil, também assinaram os Tratados Internacionais sobre Drogas, no qual se comprometem a criminalizar o cultivo e produção de maconha para fins não-medicinais. Os próprios Tratados sobre drogas afirma que os países podem regulamentar a questão dos usos medicinais da maneira que for mais conveniente para cada nação, bastando apenas ter uma Agência responsável que se reportará à Organização das Nações Unidas sobre a matéria. Com relação ao cultivo do cânhamo e seus usos industriais está claro que os Tratados Internacionais sobre drogas não interferem nessa matéria.
Isso significa dizer que não há nenhum artigo ou cláusula nos Tratados ou qualquer outro compromisso exterior que impeça o Brasil de legalizar e regulamentar totalmente o cultivo, produção e usos medicinais e industriais. Ao fazer isso não estaríamos infringindo nenhum dos artigos dos Tratados Internacionais. Em tese, na verdade, já estamos fazendo, já que a lei de 2006 legalizou os usos medicinais, ainda que falte regulamentação. Porém, na realidade prática falta muita vontade política no Legislativo, Executivo e Judiciário para fazer o país entrar no debate com relação a esse tema e deixar de boicotar o futuro da nação, tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista dos direitos dos cidadãos ao acesso à saúde. Porém, nada vai ocorrer se não houverem cidadãos, instituições, grupos sociais, empresários e outros atores da sociedade civil pressionando para que essas mudanças ocorram. Espero que essas mudanças não demorem a ocorrer, ou continuaremos a sonhar em ser o país do futuro, com os pés atolados em políticas públicas e leis ultrapassadas.

Referências:
Jean França. História da Maconha no Braisl. Editora Três Estrelas, 2015. Brasil
Jack Herer. O Rei Vai Nu: O cânhamo e a conspiração contra a marijuana. Editora Via Óptima, 2000. Portugal.
Valerie Lebaux. Cannabis and Cannabinoides under the United Nations Drug Control Conventions. In: Cannabis sativa e substâncias canabinóides em medicina, Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID, 2004. São Paulo. http://www.encod.org/info/IMG/pdf/CannabisFinal.pdf
Moreira, Erika Macedo. A criminalização dos trabalhadores rurais no Polígono da Maconha/ Erika Macedo Moreira, UFF/ Programa de PósGraduação em Sociologia e Direito. Niterói, 2007.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp052175.pdf
Congressional Research Service Report. Hemp as an Agricultural Commodity, fevereiro de 2015. EUA. https://www.fas.org/sgp/crs/misc/RL32725.pdf
Relatório do Departamento de Economia Agrícola da Universidade do Kentucky. Economic Considerations for Growing Industrial Hemp: Implications for Kentucky’s Farmers and Agricultural Economy. 2013. EUA. http://www2.ca.uky.edu/cmspubsclass/files/EconomicConsiderationsforGrowingIndustrialHemp.pdf
Chris Conrad. Hemp: Uso medicinal e nutricional da maconha. Editora Record, 2001. Brasil.

Como funciona a indústria do cânhamo, a maconha que não chapa

Por Sergio Vidal, para o Ganja Talks

Quando a maconha foi proibida em todo planeta após diferentes países assinarem o Tratado Internacional sobre Drogas (1961), foi deixada uma brecha para que esses países signatários pudessem continuar cultivando cânhamo e explorando essa indústria milenar, algo que ocorre até os dias de hoje em diferentes países. O cânhamo é uma linhagem da cannabis que produz quantidades muito baixas de THC, não ultrapassando 1% da composição da resina. Por outro lado, essas linhagens de cannabis produzem grandes quantidades de fibras que podem ser utilizadas para diferentes finalidades. O cânhamo também é conhecido por produzir uma grande quantidade de CBD, outro fitocannabinóide com propriedades medicinais. Hoje em dia existe um mercado mundial de produtos à base de cânhamo sustentado por diferentes países produtores, dos quais falaremos um pouco mais detalhadamente nas próximas linhas.

sábado, 13 de agosto de 2016

10 anos da Lei 11.343 e as possibilidades legais para a maconha medicinal no Brasil


O Brasil é um país com características administrativas muito peculiares, para dizer o mínimo. Isso faz com que entre outras coisas, muitas vezes uma Lei seja aprovada e não seja colocada em prática ou, em alguns casos, jamais chegue sequer a ser regulamentada plenamente. Curiosamente um dos exemplos desse tipo de situação é justamente a Lei 11.343, chamada Lei de drogas, que em outubro deste ano completa 10 anos em vigor. Algumas pessoas conhecem algumas das alterações promovidas por essa Lei, como a extinção da pena de prisão para condutas relacionadas com o consumo pessoal (porte, plantio, preparo etc, de pequena quantidade), mas poucos sabem que, entre outras coisas, a Lei 11.343 também legalizou os usos medicinais e científicos da cannabis sativa e outras plantas e substâncias. Isso mesmos, desde 2006 que a maconha medicinal é legalizada no Brasil. No entanto, somente a partir de 2014 é que essa legalização passou a ser regulamentada, mas ainda dê maneira muito limitada. Vamos entender um pouco mais dessa história e como isso funciona mais abaixo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O que diz a Justiça nos casos de quem cultiva para uso pessoal?

Por Sergio Vidal para o Ganja Talks




Desde outubro de 2006 a lei brasileira sobre drogas mudou, buscando se alinhar a diretrizes mais humanitária e que reconheçam as pessoas que usam maconha ou outras drogas como cidadãos com direitos. Hoje, por lei, quem for flagrado cultivando qualquer planta psicoativa, incluindo maconha, apenas para seu uso pessoal, não pode ser preso, por nenhum período de tempo, nem mantido sob custódia, nem mesmo obrigado a se internar ou fazer tratamento compulsório. É claro que, como a maioria das leis, no Brasil, em cada região, estado, cidade ou bairro, ela é aplicada com os contornos locais e de diferentes maneira. Como sabemos, no nosso país, as desigualdades sociais, econômicas, dentre outras, se refletem também na seletividade da aplicação das Leis. O que quero dizer é que a lei sozinha, por si, não determinará a decisão dos magistrados que julgarão o caso.

Mas afinal o que diz a lei sobre o tema? 

segunda-feira, 21 de março de 2016

Cursos de Cultivo em São Paulo e Joinville

Work-shop realizado nos dias 23 e 24 de abril de 2015 em Balneário Camboriú
Promovido pela loja GreenPower e pelo Instituto da Cannabis

O que: Curso completo de cultivo para fins medicinais (incluindo apresentação com projetor)Quando: São Paulo - (Dias 25, 26 e 27 de março); Joinville - (20 de abril)  Duração: 5 horasPúblico: Pacientes, Familiares de pacientes, membros de associações e instituições que representem ou trabalhem com pacientes, pesquisadores, profissionais de saúde, estudantes e demais interessados no tema.Facilitador: Sergio Vidal, autor do livro Cannabis Medicinal Introdução ao Cultivo.


São Paulo

Realização: Loja Prazeres da Casa

Joinville

Resumo:

A cannabis é uma planta utilizada pelos seres humanos para diversas finalidades há milhares de anos, especialmente para tratar e curar doenças ou aliviar sintomas. Nas últimas décadas a ciência moderna tem redescoberto seu potencial medicinal e seus usos têm ganhado destaque em diferentes espaços de debate. Edições deste curso já ocorreram em diferentes cidades, entre elas: Balneário Camboriú, Florianópolis, Salvador, Recife, São Paulo, Aracaju, Viçosa e Belo Horizonte.

Desde 2006, com a Lei 11.343, que o uso medicinal está legalizado, porém só a partir do ano passado, após intensa pressão popular, o governo iniciou a regulamentação, ainda que a passos muito lentos. Hoje centenas de pessoas já têm autorização para importar remédios à base de cannabis e extratos in natura, e algumas pessoas estão iniciando a luta para conseguir autorização de cultivar a própria medicina. 

Desde que lançou o livro Cannabis Medicinal introdução ao cultivo, em dezembro de 2010, Sergio Vidal vem promovendo palestras, oficinas, workshops e cursos focados nos aspectos botânicos e terapêuticos da erva. Eventos do tipo já foram realizados em Florianópolis, Balneário Camboriú, Recife, João Pessoa, Fortaleza, Salvador, Aracaju, São Paulo, Belo Horizonte e Viçosa. Ao longo dos anos o conteúdo vem sendo atualizado e revisado.

domingo, 23 de agosto de 2015

Cursos de Cultivo para fins Medicinais em Salvador e Aracaju

Work-shop realizado nos dias 23 e 24 de abril de 2015 em Balneário Camboriú
Promovido pela loja GreenPower e pelo Instituto da Cannabis
O que: Curso completo de cultivo para fins medicinais (incluindo apresentação com projetor)
Quando: Sábado - Dia 5/9 em Salvador e 19/9 em Aracaju
Duração: 5 horas - das 14 às 19hs
Público: Pacientes, Familiares de pacientes, membros de associações e instituições que representem ou trabalhem com pacientes, pesquisadores, profissionais de saúde, estudantes e demais interessados no tema.
Facilitador: Sergio Vidal, autor do livro Cannabis Medicinal Introdução ao Cultivo

Desde que lançou o livro Cannabis Medicinal introdução ao cultivo, em dezembro de 2010, Sergio Vidal vem promovendo palestras, oficinas, workshops e cursos focados nos aspectos botânicos e terapêuticos da erva. Eventos do tipo já foram realizados em Florianópolis, Balneário Camboriú, Recife, João Pessoa, Fortaleza, Salvador, Aracaju, São Paulo, Belo Horizonte e Viçosa. Ao longo dos anos o conteúdo vem sendo atualizado e revisado. Como vimos acima, as próximas que estão agendas serão realizadas em Salvador (5/9) e Aracaju (19/9)

Inscrições: Para confirmar sua presença é preciso incluir o nome na lista, enviando email para sergiociso@yahoo.com.br É necessário fazer inscrição na lista mesmo os que forem efetuar o pagamento na hora.

Investimento: 
Antecipado (promocional): R$ 34,20 pagamento antecipado através do link (http://mpago.la/dUSS), podendo dividir no cartão ou a vista. Pagamentos antecipados concorrem num sorteio a um exemplar do livro Cannabis Medicinal Introdução ao cultivo.
No dia:R$ 40,00 pagamento a vista no dia do evento.

domingo, 7 de junho de 2015

Dúvida dos leitor@s #CultivoVital #Hermafroditismo

Mensagem enviada para a página Sergio Vidal no Facebook:

"Olá, bom dia. Pode me ajudar? Já é a segunda planta que tenho que aparecem pequenos tricomas mesmo com fotoperíodo 16h luz mais elas não crescem ai quando a planta atinge um certo tamanho e boto para florar eles começam depois de um tempo a criarem flores com polem dentro dos pequenos tricomas. Me confirma se são mesmo hermafroditas? Tem solução?"


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Biografía e Historia (Castellano)

Resumen 

Sergio Vidal es antropólogo, escritor, activista dedicado a la educación popular y a la reducción de daños y padre de una hermosa niña de 5 años. BA en antropología por la Universidad Federal de Bahía. En 2005 comenzó su carrera como investigador y activista antiprohibicionista en el Grupo Interdisciplinario de Estudios acerca de los Psicoactivos. Desde entonces ha ampliado sus estudios de leyes y políticas públicas relacionadas con los usos y usuarios de la marihuana y otras drogas y visitando diferentes ciudades de todo Brasil para hablar en conferencias, seminarios y otros eventos sobre el tema. Ha escrito artículos para sitios web, periódicos, revistas y libros. Dio entrevistas y participó en la radio y la televisión, los periódicos y las revistas. En 2010 publicó el libro "Cannabis Medicinal Introducción a la agricultura" y desde entonces ha promovido cursos y talleres de cultivo en todo el país. Actualmente es Presidente de la Asociación Multidisciplinaria para el Estudio de la Marihuana Medicinal - AMEMM . 

HISTORIA:
Una versión más completa de las actividades realizadas por Sergio Vidal durante su carrera se puede encontrar en su Currículo Lattes Aquí presentamos una breve cronología de sus principales actividades.

2004

Participó como ciudadano del Foro Regional de Políticas sobre Drogas, auspiciado por el Gobierno para consultar al la población acerca de sugerencias para la elaboración de la Política Nacional sobre Drogas.

2005


Ritual del Santo Daime (Acre, 2006)
Ayudó a fundar el Grupo de Estudio Interdisciplinario de Sustancias Psicoactivas ( GIESP ), donde comenzó a trabajar como secretario, asistiendo al prof. Edward MacRae, con el trabajó hasta el final de 2008. En conjunto con el Prof.MacRae, obtuvo la aprobación de una concesión de CNPQ a un proyecto de investigación para estudiar las religiones de la ayahuasca, especialmente el Santo Daime en Acre.



2006


Vidal lado de uno maestro
yagé
Participó en una expedición etnográfica a Acre, que duró un mes y visitó las comunidades ayahuasqueiras en diferentes ciudades, como parte de un equipo coordinada por el prof. Edward MacRae. El trabajo etnográfico hay cubierto principalmente la comunidad Cielo de Mapiá, sede del Centro Ecléctico Fluido Luz Universal Raimundo Irineu Serra - Cefluris , la línea de Santo Daime actualmente dirigida por Padrinho Alfredo, situada en la selva amazónica en el municipio llamado Boca do Acre y la iglesia CEFLI - Centro Eclétivo Flor de Lotus Iluminado, dirigido por el Maestro Consejero Luiz Mendes, que se encuentra en el municipio de Xapuri . Ese mismo año se convirtió en Becas de Iniciación Científica del CNPq con el proyecto de investigación sobre las religiones de ayahuasca. También ha publicado junto con el Prof. Edward MacRae un artículo en la Revista de Antropología de la USP .

En junio Vidal participó en la organización de un Seminario sobre Trance Espiritual , promovida en la Universidad Federal de Bahía. En octubre se aprobó la nueva droga Ley 11.343 y el Decreto 5912, que creó el Consejo Nacional de Política de Drogas - CONAD, Al mes siguiente Vidal ayudó en la organización de un debate sobre el tema . También este año se unió al equipo de investigadores asociados al Centro de Estudios Interdisciplinarios sobre Psicoactivas - NEIP , un grupo de científicos e investigadores anti-prohibicionistas.





2007

Hay creado este blog con el fin de convertirlo paulatinamente, un sitio destinado a la investigación y difusión de información, en particular sobre el cannabis, la reducción de daños y la militancia política, estimulando enfoque estudiantes, investigadores, activistas y otras personas interesadas en temas relacionados.


Nelson Martinesi (artista), el Dr. Edward MacRae (antropólogo) y Sergio Vidal
Comenzó militar políticamente por una reforma en las políticas y leyes y a celebrar reuniones para discutir la viabilidad de la edición de la Global Marijuana March en Salvador (Bahia). Se decidió que, por falta de movilizadores, en lugar de una marcha se celebraria la primera edición del Seminario "La marihuana en la rueda" en mayo, con el apoyo de GIESP organizó primero Seminario. "La marihuana en la Rueda: Políticas Públicas en el diálogo con La sociedad civil ". El evento se llevó a cabo con gran éxito en la Facultad de Filosofía y Ciencias Humanas de la Universidad Federal de Bahía y con la participación de expertos de diferentes campos del conocimiento. Al final del evento también tuvimos una exposición de arte inspirada en el cannabis. Escuche el audio de eventos

Seminario de marihuana en la Rueda

El establecimiento del Consejo Nacional de la política de drogas (CONAD) en 2006 dio una mayor apertura a la sociedad civil que ahora podría participar en el desarrollo y el debate oficial sobre la política de drogas, incluyendo la creación de un puesto vacante de representante de la Unión Nacional de Estudiantes. Sergio luego comenzó el diálogo con el movimiento estudiantil, principalmente a través del Centro Académico de Ciencias Sociales de la Universidad Federal de Bahía. Vidal ayudó en la creación de la comisión de política en materia de drogas del movimiento estudantil, con la participación en diferentes eventos locales en materia de drogas, las políticas públicas y la legislación que ayudó para organizar su agenda en el Movimiento Estudiantil y el diálogo con otros sectores de la juventud.

En julio fue invitado en el 50º Congreso de la Unión Nacional de Estudiantes (UNE), donde habló sobre la importancia de la participación del movimiento estudiantil en las discusiones sobre las leyes y políticas sobre drogas. Sergio cargado a la UNE mayor participación en el debate y la inmediata ocupación del empleo reservado a los estudiantes en el CONAD. Reporte completo del evento.

Beatriz Labate, Maurício Fiore y Sergio Vidal
Panel de Drogas: El debate actual en Brasil
En octubre, participó por invitación de la Secretaría Nacional de Políticas de Drogas -. SENAD, del seminario de fundación de la Red de Investigación sobre Drogas, realizado en Brasília. En diciembre hay participado del programa en vivo MTV Debate, con la participación, entre otros, del médico Ronaldo Laranjeira y antropólogo Mauricio Fiore.

En diciembre también participó en un debate sobre la despenalización de la marihuana en el primer Simposio Regional de Ciencias Penales, organizado por la Policía Federal en Bahía. También en diciembre Vidal fue a Recife, para hacer una conferencia sobre la historia de la marihuana en Brasil en la Universidad Federal de Pernambuco.


Debate sobre MTV en legalización de la marihuana


2008

El movimiento anti-prohibicionista fue ganando cada vez mayor visibilidad, impacto y activistas, principalmente jóvenes. Muchos debates comenzaron a surgir en diferentes partes del país. En 2008 Vidal se convirtió en miembro del Consejo Nacional de Política de Drogas , a una representación que duró hasta el año 2010 en la ola de la Unión Nacional de Estudiantes. En julio asistió a la reunión del Nordeste reductores y reducir los daños y fue nombrado movilizado Asociación Bahía Brasileña de Reducción y Reducción de Daños (ABORDA ). En agosto participó en los reductores de reuniones Nacional y estrechamiento de Danso y se convirtió en la movilización del estado de Bahia Asociación Brasileña de Reducción y Reducción de Daños - ABORDA , durante el mismo período. Ha participado en varios debates del Movimiento Estudiantil en diferentes ciudades del país, siempre centrándose en el discurso sobre la importancia de la participación del movimiento estudiantil y de la juventud en el desarrollo y aplicación de leyes y políticas en materia de drogas en el país. Sergio también participó en varios debates sobre las leyes y políticas en materia de drogas, reducción de daños, derechos de los usuarios, los cuales estaban relacionados con otros sectores de la sociedad que no sólo yo. EN 2008 también se convirtió en un investigador asociado de la Asociación Brasileña de Estudios Sociales sobre el Empleo de la Psicoactivas - ABESUP , creada en el mismo año. Este es también el año en que se publicó el primer artículo sobre la historia de la marihuana en Brasil, a través de la ONG Koinonia , que tiene operaciones en marihuana Polígono.

En agosto de Vidal fue a Río de Janeiro presente un documento sobre la regulación de cultivo doméstico de marihuana como estrategia de reducción de daños en el Congreso Multidisciplinario de la Asociación Brasileña de Estudios de Drogas.

Pero 2008 fue también un año muy difícil para el movimiento anti-prohibicionista. Acciones fueron presentadas por los fiscales en casi todos los estados donde se habían programado marihuana Marcas. No fue sólo el evento en Manaus y Recife. En Sergio Salvador y otros activistas han sufrido mucho de este golpe jurídico y político. Vidal llegó a ser citado para proporcionar aclaraciones sobre la estación de policía y Toxic Narcotic, actual Oficina de Narcóticos, que fue escuchado. Profesor Edward MacRae, el investigador Luana Malheiro y otros activistas también dieron pruebas a la policía en el momento.

El impacto en todos los medios de comunicación era muy grande y parte de la historia de la Marcha Prohibida en Salvador volvió a los cómics:


Lea la historia completa

La prohibición de la marihuana de marzo en Salvador también dio lugar a un debate sobre la estación de televisión afiliada a la Educación del Estado de Bahía, donde Vidal participó junto al prof. Edward MacRae y jurista Miguel Calmon.


A finales de 2008 Vidal también trabajó con el balance Colectivo, que promueve la reducción de acciones de Riesgos y Daños, la educación y el cuidado de las personas que usan drogas en el Festival de Arte y Cultura Universo Electrónica Paralello.

2009

En mayo de Vidal era Goiania participar en el debate "Rompiendo el Silencio: drogas en contemporânea.Criminalização Sociedad de los Movimientos Sociales" para discutir la represión policial de marzo de Goiania Marihuana 2008.

En junio de Vidal fue invitado a formar parte del equipo y la aplicación creativa de la web del Observatorio sobre Drogas, de unirse al equipo y ayudar a diseñar, planificar e implementar el Portal ObservaCETAD . También se pidió que escribiera un artículo sobre su encuesta la finalización del curso, que se encontraba en su fase final, que se publicará en la colección "dependencia de sustancias: Problemas Clínicas y socio-antropológica", la Federal da Bahia Unive.rsidade Publisher. El artículo, llamado "La regulación del tamaño, la siembra y la distribución no comercial de Cannabis sativa: una reducción del daño paradigma legal" es el primer texto de un investigador brasileño presentar los argumentos que existen en experiencias de otros países en cuanto a la tolerancia a la casa crecer como reducción de daños y riesgos sociales y de salud. El texto se puede encontrar para descargar AQUÍ .

Párese Ananda en el partido de la Universidad Federal de Bahía

En 2009 también se creó para Ananda, primer intento de institucionalizar la lucha antiprohibicionista en Salvador, que duró poco más de un año, pero pronto consiguió lograr mucho y servir como fuente de inspiración para los activistas de la ciudad. El Ananda surgió del deseo de reunir a todos los activistas e interesados ​​en la lucha por la legalización en Bahía y se las arregló para promover no sólo la discusión de las políticas de marihuana yotras drogas , sino también actividades de educación y reducción de daños en los partidos y eventos culturales, Encuentro Nacional de Arte estudiante . 2009 fue el año en el que el movimiento ha madurado y ha decidido que, aunque la marcha fue prohibida, queremos luchar hasta que tengamos el permiso de justicia para realizar la marihuana de marzo en Salvador. La prohibición de marzo del año pasado dio fuerza al movimiento y empezar a reunirse semanalmente en el Directorio Central de Estudiantes de la UFBA.




Sin embargo, a pesar de todos los esfuerzos de la gente que hizo el Ananda, la marihuana de marzo fue nuevamente prohibido. Sólo que esta vez, los activistas se decidió por una estrategia diferente, mantuvo las manifestaciones por la libertad de expresión en el último mes de cada fin de semana y presentó una solicitud de Habeas Corpus , escrito por Sergio Vidal, con la ayuda de abogados Gerardo Santigado y Ludmila Correa. El HC presentada por Vidal fue procesado a partir del 29 de mayo hasta el 1 de septiembre de Ver la historia . Cada Fin Mes ,Uno tras otro , la clase de Ananda realizó manifestaciones en el mismo lugar donde fue programado para el Marijuana March para recordar el hecho de que el proceso de HC estaba corriendo en la corte. El diálogo con los agentes Law fue fundamental en este proceso, para que quede claro que nuestro interés era manifestación legítima. Finalmente, el 1 hasta 1 septiembre Sala Penal de la Corte de Justicia de Bahía concedido el Habeas Corpus a favor de los miembros de Ananda y todos los que quieran ir a la marihuana de marzo, revirtiendo la decisión inicial de prohibir. La marcha tuvo lugar en paz el 5 de diciembre.




Por todo ello la participación académica y política con el tema, Vidal fue invitado a participar en el programa Diario de la mañana en la televisión Bahía y el programa Área de Libre, la Asamblea TV, la Cámara de Diputados del Estado de Bahía, donde se puede hablar con el Jefe del Departamento de Policía Civil de Narcóticos. E ym diciembre Vidal fue a Río de Janeiro para asistir al evento "La contribución de la Juventud a los medicamentos debatir" , promovido por el diario O Globo.

Durante nuestra estancia en Río de Janeiro fue el primer caso de un cultivador en la cárcel en la que Vidal trató de proporcionar ayuda, el Fabio . Junto con el sociólogo y activista Renato Cinco(actualmente concejal de PSOL-RJ y el abogado Gerardo Santiago a la comisaría para explicar a los agentes de acuerdo a la Ley 11.343, que planta para uso personal, aunque tiene que ser castigado y ser considerado criminal, no puede ya ser pegado o ser encarcelados. Después de 3 días en la cárcel y la militancia, Fabio fue finalmente liberado.

Entre febrero y octubre de 2009 Vidal también formó parte del Grupo de Trabajo creado por el Consejo Nacional sobre Políticas de Drogas para discutir la regulación y los cambios en la Ley 11.343. El Grupo ha realizado algunas reuniones en São Paulo durante todo el año y está compuesto por representantes de diferentes áreas, pero la reunión se cerró sin más aclaraciones a los participantes y sin ser hecho ninguna referencia.



Debate sobre el programa Espacio Libre - TV Asamblea Legislativa de Bahía


El debate patrocinado por el O Globo (RJ): contribuciones de jóvenes al debate drogas

Entrevista en el diario de la mañana - TV Bahia


2010

En febrero de Sergio ayudó en otro caso de agricultor arrestado, conseguir un abogado para que actúe en el caso y ayudó en la defensa de la construcción. Esta vez uno rastafari en Salvador que creció 2 pies de ganja , que fue detenido nueve días antes de lograr la libertad.

En marzo de Vidal defendió su trabajo de finalización de curso en Antropología una investigación etnográfica sobre las personas que cultivan marihuana para el consumo personal en Brasil , que fue aprobado por el examinador banco. También en marzo Vidal comenzó a ayudar en el caso de José Godoy, paciente con VIH positivo que cultivó 50 plantas de uso medicinal y que se pegó arrestó a cinco meses, hasta que se logró su Habeas Corpus.

En mayo Vidal ayudó a construir y asistió a las Marcas de marihuana de Río de Janeiro y Sao Paulo. También en mayo Vidal comenzó a escribir el libro Cannabis Medicinal Cultivo Introducción a la cubierta, lanzado en diciembre de ese año.

En julio de Vidal fue el primero en encontrar noticias sobre el arresto de Punto de Equilibrio bajista Pedro Pedrada expedición de inmediato mensajes al movimiento de los abogados que se llevó a la parte delantera de la caja. Pineapple Express fue detenido 14 días para conseguir el Habeas Corpus. A finales de julio Vidal participó en el programa Conexiones Urbanas, producido por Canal Multishow .

En noviembre vidal participó como ponente en el Simposio "Drogas: Campo Ley Noticias y movimientos sociales" , que se celebró en Salvador.
.
En diciembre vio el lanzamiento del libro Cannabis Medicinal Introducción al cultivo en interior en el primer Taller de Cultivo, organizada en Brasil, un evento realizado con el apoyo del Directorio Central de la Universidad Federal de Bahía Estudiantes.

2011


En febrero de Sergio organizó en colaboración con el Pack Espacio Cultural un debate sobre la marihuana medicinal en São Paulo, que contó con la participación del diputado Paulo Teixeira (PT) , que también fue atacada por la Folha de São Paulo , por haber defendido la regulación de cosecha propia y las cooperativas de usuarios durante el evento. En esa ocasión Vidal hizo el primer Taller de Cultivo en la sede de la Asociación Cultural de cannabis de São Paulo.


Diputado Paulo Teixeira (PT), en el lanzamiento del libro Cannabis Medicinal Introducción a la Agricultura en São Paulo
En marzo de Vidal fue Guarapari, en el interior del Espíritu Santo, particar una audiencia sobre el caso de un usuario que cultiva para uso personal . Como ayuda a la Corte, que estaba a disposición de la Fiscalía juez, el fiscal y la defensa, respondiendo a preguntas sobre el cultivo de la cultura para el consumo personal y en las técnicas de cultivo, entre otros. 

En abril Vidal estaba en Natal, participando en la anti-prohibicionista II Serie Debate de la Universidad Federal de Río Grande do Norte, dando una conferencia sobre la historia de la marihuana en Brasil y el lanzamiento de su libro.

En mayo de Sergio fue nominado por otros miembros del Consejo Nacional sobre Políticas de Drogas para representar la CONAD en I Foro Interconselhos para discutir el Plan Plurianual de Gobierno 2012-2015 .

También en mayo Vidal asistió a la marihuana de marzo en el Distrito Federal y un debate en la Universidad Federal de Brasilia por invitación del CannaCerrado colectiva. En esa ocasión fue el arresto de Sativa amante cultivador, otro caso en el que Vidal fue a ayudar en la preparación de la estrategia de defensa. Vidal este período también ayudó en la organización de la marihuana de marzo de Aracaju.

En junio de Sergio fue invitado a participar en el Seminario de Drogas: La subjetividad, Autonomía y de Administración Fiduciaria , promovido en Recife por el Consejo Federal de Psicología.

En septiembre Vidal participó en el Encuentro Estatal II del Daño Social de control Reducción realizado por el Programa de Reducción de Daños de Porto Alegre. En ese momento también se celebró la presentación del libro.

En octubre de Vidal fue el juicio de Sativa Amante participar como ayudar al tribunal. Ese mismo mes comenzó a escribir una columna semanal para el blog Hempadão , respondiendo a las preguntas de los lectores sobre la agricultura, la medicina y otros temas relacionados con el cannabis. También en octubre participó en el Encuentro Latinoamericano de Jóvenes II, celebrada en Fortaleza, donde participó en dos debates y un taller de granja. En noviembre de Vidal fue parte de un debate y lanzar el libro en la Universidad Federal de Viçosa , Minas Gerais.

Taller de Agricultura en São Paulo


Drogas Seminario: Subjetividad, Autonomía y de Administración Fiduciaria



II Encuentro Latino Americano de la Juventud


2012

En abril de Vidal fue a Río de Janeiro para participar en el Pot en Río, evento cultura del cannabis, participando como ponente en un debate sobre la legalización de la marihuana y como juez en la primera Copa Mundial de Río 420 , que puede cumplir con diferentes productores y escuchar historias de su técnica y resultados.

En mayo de Sergio fue invitado nuevamente por el CannaCerrado colectiva para asistir a un debate sobre la legalización de la marihuana en la Universidad de Brasilia y la marihuana de marzo en el Distrito. Vidal Federaltambién ayudó en la organización de la marihuana de marzo de Aracaju.

También en mayo se produjo un caso de censura al Blog de ​​Salud con Dilma, para la publicación de un libro sobre las drogas, entre otros elementos, contenida trabajo de un Vidal en el cultivo de la marihuana como la reducción de daños. El caso comenzó con un asunto sensacional del diario O Dia que indica que el Departamento de Salud de Río de Janeiro fue animando a la gente a plantar marihuana para publicar el libro. Vidal participó en una entrevista en línea a través de Twitter para hablar sobre el caso.

En junio se dio un taller de la agricultura en Singapur y ayudó al diálogo colectivo local con la policía militar para llevar a cabo la marihuana marzo.

En agosto de Vidal fue a Sao Paulo para participar en un debate en la USP de legalizar el cultivo de marihuana y celebró otro taller, esta vez con la distinguida participación de El Chino, un campeón del cultivador de la Copa Del Plata (Argentina).


La marihuana marcha Joao Pessoa


Marijuana March Brasilia


La marihuana marcha Joao Pessoa

Entrevista realizada por Twitter

2013

En mayo fue a Brasilia covidado hablando sobre la mesa "Propuestas para la legalización de la marihuana", parte del Congreso Internacional sobre Drogas. Vidal también ayudó en la organización de la marihuana de marzo de Aracaju.

Encuentro Nacional de Servicio Social (Recife)
En septiembre de Vidal fue el Recife participar en el Consejo Federal Nacional del Congreso de Servicios Sociales, debatiendo el papel de los usuarios en el diseño e implementación de políticas y leyes en materia de drogas.

En octubre Vidal participó en un debate sobre la marihuana medicinal en el IV Congreso de la Asociación Brasileña de Estudios Multidisciplinarios de la droga.

En diciembre participó en un debate sobre la marihuana medicinal y dio un taller agrícola en João Pessoa .También en diciembre, trabajó con el equilibrio colectivo de reducción de daños en el Festival Paralello Universo, que también dio una Reducción Cultivo taller y Daño.


Conferencia Internacional sobre Drogas (DF)




2014

Sergio Vidal y activistas uruguayos
En enero de Vidal fue a Uruguay la invitación de la empresa Photogenesis biotecnología para cumplir con el proceso de legalización en el país que se estaba produciendo en ese momento y el diálogo con diversos activistas involucrados con el tema.

A principios de este año las negociaciones con el sitio de crowdfunding del proyecto Catarsis comenzaron en marzo y comenzaron la campaña para la nueva edición del libro Cannabis Medicinal Introducción al cultivo de interior. En julio de 2000 se imprimieron más libros, de los cuales 1 300 fueron enviados a las personas y empresas que colaboran con el proyecto. Más de 5 años de historia han pasado casi 5.000 libros entre vendido y donado al colectivo a favor de la legalización.

Julio fue el de Santa Catarina enseñar un taller de cultivo medicinal y participar como jurado de la Copa de la Florida, la Cannabis Cup Florianópolis.

En septiembre de Vidal en la portada de la revista marihuana Brasil y fue invitado a promover la revista, en Río de Janeiro y Sao Paulo, donde ocupó diferentes eventos. En el momento que aprovechó la oportunidad para promover el encuentro "Marihuana medicinal: Reflexiones sobre el pasado, presente y futuro" en el espacio Paquete Cultural, que contó con la participación de los distintos pacientes y especialistas.

En noviembre Vidal hizo el lanzamiento del libro en la XI Reunión del brasileño válvulas reductoras y reductores de la Asociación de Lesiones y participó en un debate sobre el uso médico de la marihuana en el evento.

En diciembre de Sergio sirvió de nuevo por el equilibrio colectivo de reducción de daños en el Festival Paralello Universo.Esta vez, además de la promoción de talleres de cultivo y la reducción de daños, coordinó el espacio Stay Cool, que promovió la difusión de la labor de los activistas anti-prohibicionistas de diferentes grupos en todo Brasil.

También en diciembre Vidal ayudó a fundar la Asociación Multidisciplinaria para el Estudio de la Marihuana Medicinal - AMEMM , que actualmente ocupa el cargo de presidente, ayudando a promover el debate y la difusión de información sobre el tema y facilitar el acceso de los pacientes a la droga.

2015

En abril de Vidal dio una conferencia sobre la historia de la marihuana y antiproibicionismo en Brasil para los estudiantes de Derecho egresado de la Universidad Católica de Salvador (BA), fue en el Alto Paraíso (GO) hablar en un debate sobre la regulación de la marihuana y también fue hasta Balneário Camboriú (SC), ministrar dos días de taller sobre el cultivo medicinal patrocinado por el Instituto de cannabis y la tienda GreenPower