O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse hoje que o modelo adotado pelos norte-americanos no combate ao uso das drogas fracassou. "A ideia dos Estados Unidos de que basta prender (o usuário de drogas) fracassou. Por isso defendo a descriminalização das drogas. O usuário tem de ser tratado, não pode ser discriminado e nem preso", disse o ex-presidente, neste domingo, no programa "Esquenta!", comandado por Regina Casé, na Rede Globo.
FHC, que é o segundo ex-presidente entrevistado no programa - o primeiro foi Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na estreia (dia 2 de janeiro) - falou também de política, destacando que há alguns anos não era possível imaginar que o Brasil daria certo. "Falta muita coisa a ser feita, mas o Brasil hoje tem esperança, avançamos muito", reconheceu. "Deu certo não porque eu, Lula ou Dilma (presidente Dilma Rousseff) governamos, mas por causa do povo, por causa da força deste País", frisou, sob aplausos.
Ao falar do Brasil que está dando certo, Fernando Henrique destacou a importância do controle da inflação, consequência do Plano Real implantado quando foi ministro da Fazenda (no governo Itamar Franco) e responsável por levá-lo à Presidência da República. Ao ser parabenizado por ter sido o idealizador do Plano Real, o ex-presidente disse: "Eu não acabei com a inflação sozinho".
Sobre a descriminalização das drogas, FHC disse que é preciso muita coragem para enfrentar este tema. E citou a "luta terrível" da Colômbia com os narcotraficantes e o número elevado de mortes no México por conta das drogas. "No México morre mais gente do que na Palestina e Israel." No seu entender, as drogas afetam também a democracia e a vida das pessoas. Por isso essa questão precisa ser enfrentada com coragem. "Descriminalizar quer dizer que a pessoa que se droga não é bandido, pois a cadeia não resolve, ela tem de ter tratamento."
O ex-presidente da República disse que defende a descriminalização do uso das drogas porque não adianta colocar o usuário na cadeia. "Isso não significa liberar. Pode penalizar, mas não adianta botar na cadeia." E citou o exemplo de Portugal, que descriminalizou o uso das drogas e passou a oferecer tratamento aos usuários. "Como as pessoas perderam o medo de ir pra cadeia e de ter o nome envolvido (em processos), houve diminuição no consumo de drogas."
ELIZABETH LOPES - Agência Estado
FHC, que é o segundo ex-presidente entrevistado no programa - o primeiro foi Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na estreia (dia 2 de janeiro) - falou também de política, destacando que há alguns anos não era possível imaginar que o Brasil daria certo. "Falta muita coisa a ser feita, mas o Brasil hoje tem esperança, avançamos muito", reconheceu. "Deu certo não porque eu, Lula ou Dilma (presidente Dilma Rousseff) governamos, mas por causa do povo, por causa da força deste País", frisou, sob aplausos.
Ao falar do Brasil que está dando certo, Fernando Henrique destacou a importância do controle da inflação, consequência do Plano Real implantado quando foi ministro da Fazenda (no governo Itamar Franco) e responsável por levá-lo à Presidência da República. Ao ser parabenizado por ter sido o idealizador do Plano Real, o ex-presidente disse: "Eu não acabei com a inflação sozinho".
Sobre a descriminalização das drogas, FHC disse que é preciso muita coragem para enfrentar este tema. E citou a "luta terrível" da Colômbia com os narcotraficantes e o número elevado de mortes no México por conta das drogas. "No México morre mais gente do que na Palestina e Israel." No seu entender, as drogas afetam também a democracia e a vida das pessoas. Por isso essa questão precisa ser enfrentada com coragem. "Descriminalizar quer dizer que a pessoa que se droga não é bandido, pois a cadeia não resolve, ela tem de ter tratamento."
O ex-presidente da República disse que defende a descriminalização do uso das drogas porque não adianta colocar o usuário na cadeia. "Isso não significa liberar. Pode penalizar, mas não adianta botar na cadeia." E citou o exemplo de Portugal, que descriminalizou o uso das drogas e passou a oferecer tratamento aos usuários. "Como as pessoas perderam o medo de ir pra cadeia e de ter o nome envolvido (em processos), houve diminuição no consumo de drogas."
ELIZABETH LOPES - Agência Estado
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