quarta-feira, 18 de abril de 2007

THC pode reduzir em 60% o avanço de cancer nos pulmões

O tetrahidrocannabinol (THC), considerado o principal canabinóide contido na resina da Cannabis sativa, pode diminuir em mais da metade o ritmo de crescimento de tumores no pulmão e reduzindo a disseminação de celulas cancerosas, segundo os estudos divulgados da revista New Science, sobre um os resultados preliminares divulgados nesta quarta-feira (18/04) por pesquisadores do Dana Farbar - Harvard Cancer Center, em Boston - EUA.

Ramesh Ganju, professor do Departamento de Medicina da Harvard Medical School e sua equipe aplicaram células cancerosas de pulmão humano à pele e vasos das caudas de grupos de cobaias, permitindo que os tumores crescessem nos animais. Após duas semanas, começaram a realizar aplicações diárias de 250 microgramas de THC.
Após 3 semanas de aplicações do grupo com células na cauda e 5 semanas no grupo com células na pele, os resultados eram que as cobaias as quais havia sido aplicado o THC haviam melhoria em 60% dos casos, em comparação com o grupo controle. O prof. Ramesh Ganju acredita que o que cause isso seja o fato do THC de alguma forma impedir o desenvolvimento de vasos sangüíneos que alimentariam o tumor. Apesar de outros estudos já terem apontado a eficácia terapêutica de compostos derivados da planta Cannabis sativa, as recomendações continuam sendo de que não se deva fumá-la.
De fato, os danos ocasionados pelos padrões de consumo geralmente estão ligados à métodos de ingestão que utilizam a queima da planta como principal veículo condutor dos princípios ativos. A ingestão de qualquer conteúdo inalando a fumaça da sua queima provoca irritação e danos nos órgãos e tecidos dos aparelhos digestivos e respiratórios, que podem levar ao desenvolvimento de feridas e até mesmo câncer. Usada na forma de cigarros, além da fumaça em alta temperatura, Cannabis libera substâncias tóxicas como o monóxido de carbono, que podem apresentar o mesmo potencial de risco que as substâncias liberadas pela queima do tabaco.

Quando o consumo é feito em locais reservados, os indivíduos geralmente se utilizam de técnicas para resfriar a fumaça antes de ingeri-la (cachimbos, piteiras, cachimbos d’água, bongs, etc.), ou se alimentam com preparados à base da erva. O médico Naverrete Varo, afirma que desde a década de 1990 estão disponíveis no mercado aparelhos que aquecem as inflorescências a uma temperatura que varia entre 150Cº e 250Cº, o suficiente para transformar em vapor toda a água e a resina contida na matéria vegetal, sem necessidade de provocar a queima. Os mais eficientes despejam jatos de ar-quente através de um recipiente contendo o fumo conduzindo tudo a recipientes à parte onde é guardado o ar ‘resinado’. Estas tecnologias reduzem ao máximo os riscos do ato de inalar a resina sem qualquer perda dos princípios ativos. Tais mecanismos tornam a administração dos compostos ativos da Cannabis sativa um ato praticamente inócuo, sem riscos de câncer ou outros problemas, mantendo a eficácia na dosagem e aplicação da resina com os princípios ativos.

Tenda da Volcano na Feira Cannatrade
março/2006

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