Na atualidade, é um absurdo negar a existência de pessoas que fumam maconha dentro das nossas famílias, ou no nosso círculo de amizades. E em muitas famílias e círculos de amigos elas não são poucas, tornando impossível que não nos sintamos obrigados a se envolver no debate sobre as políticas e leis que podem atingí-los diretamente e nos atingir também. É claro que uma parte dessas pessoas têm problemas com o uso de maconha e outras drogas. Mas a grande maioria dos usuários não têm problemas e buscam no uso de maconha prazer, não o sofrimento, e as consome apenas em contextos e circunstâncias que não atrapalhem outros aspectos da sua vida.
Nenhuma das instituições ou indivíduos que organizam ou apenas frequentam as Marchas da Maconha acham que o uso de maconha deva ser estimulado, muito menos propagandeado ou incentivado em massa, como atualmente ocorre com o álcool e o tabaco. Somos cidadãos responsavéis e a cada dia que passa o número crescente de pessoas que apoiam nosso trabalho só ajuda a reafirmar isso. O Excelentissímo Ministro Carlos Minc apenas percebeu o que a cada dia mais instituições e indivíduos têm percebido: A humanidade convive com o uso de maconha e outras drogas há mais de 10.000 anos e isso só se tornou um problema grave após ser decretada uma Guerra de extermínio às drogas e aos seus produtores e consumidores.
O ideal de um mundo sem drogas é um fracasso reconhecido até mesmo pelos atuais membros do Conselho e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. É exatamente isso do que se trata a Marcha da Maconha: Lembrar que as atuais leis e políticas são inspiradas num modelo fracassado e amparado por dados científicos equivocados, exigindo por isso mudanças na forma de lidar com a questão. Chamar atenção de que tratar usuários de drogas como criminosos não resolve o problema da violência e que eles não querem infringir mal a si mesmos ou aos outros, apenas querem ter seus direitos assegurados com todo cidadão. Reconhecer que alguns usam por hábito, curiosidade, busca de prazer, inclusão, outros por compulsão, mas condená-los, seja qualquer tipo de uso, à marginalização social e legal é uma violência contra os indivíduos muito maior do que qualquer uso abusivo. Denunciar que numa sociedade menos miope e violenta, já teríamos ao menos autorizado e até mesmo incentivado o debate público a respeito do tema.
Mas no Brasil, o que tem ocorrido é a articulação de grupos que se opõem não apenas à revisão das formas de tratamento dadas aos usuários, mas à realização de debates e manifestações públicas sobre as políticas e leis sobre drogas. É uma demonstração pública de organização que assusta as pessoas atualmente interessadas em cuidar prestar atenção, cuidados e informação aos usuários de drogas, ajudando-o a ter maior autonomia sobre sua existência e sobre o acesso à saúde e cidadania.
Hoje, Carlos Minc falará aos Deputados os motivos pelos quais acredita ser importante discutir a descriminalização da maconha. Será uma audiência histórica e espero que seja o início de uma série de audiências históricas sobre o tema. Tenho certeza que o Minc saberá expor muito bem os inúmeros motivos mais do que conhecidos das pessoas mais antenadas à atualidade para os nosso Excelentíssimos Deputados. Mas acredito que esse pronunciamento só poderá se tornar realmente importante se todos tivermos condições de assísti-lo. Infelizmente eu não tenho como gravar, nem como assistir. Mas como tenho fé na Era da Informação, aguardo ansioso pelo ativistas individuais que certamente gravarão as falas do Ministro e dos Deputados de alguma forma, seja na mente, nos corações, em uma blogada, ou em DVD mesmo. O importante é que esses discursos se multipliquem e que o processo de desencantamento da repressão, para usar uma expressão do saudoso Gey Espinheira, se torne ainda mais agudo, como deve ser.
Nenhuma das instituições ou indivíduos que organizam ou apenas frequentam as Marchas da Maconha acham que o uso de maconha deva ser estimulado, muito menos propagandeado ou incentivado em massa, como atualmente ocorre com o álcool e o tabaco. Somos cidadãos responsavéis e a cada dia que passa o número crescente de pessoas que apoiam nosso trabalho só ajuda a reafirmar isso. O Excelentissímo Ministro Carlos Minc apenas percebeu o que a cada dia mais instituições e indivíduos têm percebido: A humanidade convive com o uso de maconha e outras drogas há mais de 10.000 anos e isso só se tornou um problema grave após ser decretada uma Guerra de extermínio às drogas e aos seus produtores e consumidores.
O ideal de um mundo sem drogas é um fracasso reconhecido até mesmo pelos atuais membros do Conselho e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. É exatamente isso do que se trata a Marcha da Maconha: Lembrar que as atuais leis e políticas são inspiradas num modelo fracassado e amparado por dados científicos equivocados, exigindo por isso mudanças na forma de lidar com a questão. Chamar atenção de que tratar usuários de drogas como criminosos não resolve o problema da violência e que eles não querem infringir mal a si mesmos ou aos outros, apenas querem ter seus direitos assegurados com todo cidadão. Reconhecer que alguns usam por hábito, curiosidade, busca de prazer, inclusão, outros por compulsão, mas condená-los, seja qualquer tipo de uso, à marginalização social e legal é uma violência contra os indivíduos muito maior do que qualquer uso abusivo. Denunciar que numa sociedade menos miope e violenta, já teríamos ao menos autorizado e até mesmo incentivado o debate público a respeito do tema.
Mas no Brasil, o que tem ocorrido é a articulação de grupos que se opõem não apenas à revisão das formas de tratamento dadas aos usuários, mas à realização de debates e manifestações públicas sobre as políticas e leis sobre drogas. É uma demonstração pública de organização que assusta as pessoas atualmente interessadas em cuidar prestar atenção, cuidados e informação aos usuários de drogas, ajudando-o a ter maior autonomia sobre sua existência e sobre o acesso à saúde e cidadania.
Hoje, Carlos Minc falará aos Deputados os motivos pelos quais acredita ser importante discutir a descriminalização da maconha. Será uma audiência histórica e espero que seja o início de uma série de audiências históricas sobre o tema. Tenho certeza que o Minc saberá expor muito bem os inúmeros motivos mais do que conhecidos das pessoas mais antenadas à atualidade para os nosso Excelentíssimos Deputados. Mas acredito que esse pronunciamento só poderá se tornar realmente importante se todos tivermos condições de assísti-lo. Infelizmente eu não tenho como gravar, nem como assistir. Mas como tenho fé na Era da Informação, aguardo ansioso pelo ativistas individuais que certamente gravarão as falas do Ministro e dos Deputados de alguma forma, seja na mente, nos corações, em uma blogada, ou em DVD mesmo. O importante é que esses discursos se multipliquem e que o processo de desencantamento da repressão, para usar uma expressão do saudoso Gey Espinheira, se torne ainda mais agudo, como deve ser.
Amigo Sérgio, a audiência com Minc foi adiada para terça-feira próxima.
ResponderExcluirAbraço!