sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pesquisdores publicam artigo criticando Resolução 196/96 do Min. da Saúde

A Resolução 196/96, do Ministério da Saúde, que regula os aspectos éticos de qualquer pesquisa "envolvendo seres humanos", parece não atender às necessidades específicas dos estudos antropológicos e sociológicos. Em artigo publicado na última edição da Revista de Antropologia da Universidade de São Paulo, o pesquisador associado do Centro de Estudo e Terapia do Abuso de Drogas (Cetad/UFBA) e doutor em Antropologia pela USP, Edward MacRae, em parceria com o estudante Sérgio Souza Vidal (Giesp/UFBA e NEIP), faz uma leitura crítica do documento, apontando seus principais entraves para as pesquisas sociais. "A Resolução 196/96 e a imposição do modelo biomédico na pesquisa social: dilemas éticos e metodológicos do antropólogo pesquisando o uso de substâncias psicoativas" ressalta que a generalização dos valores e padrões da biomedicina para todas as outras disciplinas científicas, ameaça a plena utilização de alguns métodos da Antropologia e das Ciências Sociais, como a observação participante em inúmeras situações, especialmente entre populações ocultas. Para o autor, a metodologia e a condição ilícita de atividades estudadas (usuários de drogas ilícitas, pessoas em situação de rua, traficantes etc.) demandam considerações éticas específicas que não são contempladas pela Resolução. O artigo pode ser lido, na íntegra, na Revista de Antropologia, v. 49, n.2, julho/dezembro de 2006, São Paulo e no site http://www.scielo.br/.
Para ler o artigo: Clique Aqui

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