terça-feira, 13 de novembro de 2007

Senador apoia ampliação do debate público

Casagrande comenta perfil do consumidor de drogas ilícitas e pede mais debate sobre políticas públicas e estratégias a serem adotadas.
O senador Renato Casagrande (PSB-ES), em discurso no Plenário nesta segunda-feira (12), citou dados de uma pesquisa elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e publicados pelo jornal Correio Braziliense, em outubro, que mostram o perfil do consumidor de drogas ilícitas brasileiro: a maioria é homem, jovem e da classe A.
A partir de informações coletadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo “O estado da juventude: drogas, prisões e acidentes”, do pesquisador Marcelo Neri, revelou que 85% dos consumidores de drogas no Brasil são brancos, dos quais 62% estão na classe A; 60% deles têm de oito a 11 anos de estudo - a média de estudo é de cinco anos no Brasil; e 80% ocupam a posição de filhos dentro de casa, no lugar de chefe da família ou cônjuge.

Ainda de acordo com o estudo, disse o senador, 35,82% desses jovens têm entre 10 e 19 anos - 16,53% da população brasileira nessa faixa - e consomem ou já consumiram drogas. O percentual sobe para 50,74% entre 20 e 29 anos, o que corresponde a 23,11% da população brasileira.
Outro dado aponta que 49% desses jovens têm cartão de crédito, num universo de apenas 17% da população em geral que conta com essa opção e, enquanto 12% da população têm cheque especial, desses, 35% são consumidores de drogas.
- Ao revelar o perfil do consumidor de drogas no Brasil, os dados nos impõem a necessidade de o Estado intensificar a promoção das políticas públicas de inserção social dos jovens menos favorecidas, mas olhando também para os filhos das classes média e alta deste país - declarou.
O parlamentar disse acreditar que o Parlamento não pode fugir do debate e ressaltou a necessidade de alterar a estratégia de combate atual, repressiva, já que os fatos demonstram “sua ineficácia”. Acrescentou ainda que é preciso discutir todas as alternativas citadas, incluindo a possibilidade de liberação do consumo, citando artigo de Roberto Pompeo de Toledo.

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