domingo, 6 de maio de 2007

1000 pessoas marcham no Rio de Janeiro pedindo a legalização da Cannabis sativa


Às 15h30, duas viaturas da Polícia Militar com cerca de dez policiais chegaram ao local para acompanhar o início da marcha e assegurar a sua realização de forma pacífica. Nesse momento já se encontravam concentrados cerca de 50 integrantes de ONGs que promoveram a Marcha da Maconha, no calçadão da Praia do Arpoador, na zona sul do Rio de Janeiro. Segundo a PM, às 16hs, 250 pessoas passaram a fazer companhia aos organizadores, e na hora que a Marcha saiu, às 17hs, eram mais de 1.000 pessoas.

Os manifestantes carregam máscaras com as imagens do governador Sérgio Cabral, deputado federal Fernando Gabeira (PV), e do cantor Marcelo D2 - os três já declararam ser a favor da liberação da droga. A assessoria do Palácio Guanabara informou que considera a marcha uma manifestação democrática e não vê empecilho para o uso da imagem do governador.

Paralelamente à Marcha da Maconha, católicos órtodoxos da linha Opus Christi, liderados pelos vereadores Márcio Pacheco (PSDB) e Silvia Pontes (PFL), pretendem distribuir panfletos na tentativa de criar alarde sobre os possíveis efeitos nocivos da planta. Ele criticou a presença do deputado estadual e secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, e fez um alerta que revela seu desconhecimento com sobre às novas legislações antidrogas e posturas jurídicas com relação ao tema:

"Enquanto o uso da maconha é crime, aqueles que fizerem um apoio direto a
isso, estarão fazendo apologia ao crime. Eu recomendaria aos parlamentares que
façam uso do bom-senso e não incentivem o uso desse tipo de droga"

Já o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que esse é um movimento da população, que tem o direito de se manifestar. Disse ainda:

"Pessoas adeptas a certas práticas têm o direito de manifestar sua opinião, de forma pacífica. A passeata é uma forma justa e legítima."

O deputado estadual e secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc afirmou ser favorável à regulamentação da venda de maconha e está participando da passeata:


"Eu acho que o Rio de Janeiro é uma cidade citiada pelo tráfico de drogas e
de armas e isso não se resolve com a atual política de drogas, que fortalece o
traficante. O maior interessado em manter a política de drogas como ela é hoje é
o traficante e o lado corrupto da polícia"

O especialista em segurança Ignácio Cano é a favor da legalização das drogas como forma de combate à violência, ele afirma que:

"A proibição é um erro da nossa civilização que só gera violência e
corrupção. Droga é questão de saúde pública"


Veja as Fotos da Marcha

Veja os Vídeos da Marcha

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