quinta-feira, 26 de abril de 2007

Apontamentos sobre o mercado consumidor brasileiro de Cannabis e derivados

Em 2005, 2,6% da população brasileira de 12 a 65 anos fumo maconha, segundo o II Levantamento Domiciliar sobre o uso de Drogas Psicotrópicas. Segundo o Relatório dessa pesquisa, esses valores são maiores do que países como Portugal (7,6%), onde legislações e práticas mais tolerantes ao consumo da planta são empregadas. Ainda segundo o Levantamento, cerca de 8,8% da população dentro dessa faixa-etária já utilizou maconha ao menos uma vez na vida.

O último Relatório Mundial da Agência das Nações Unidas para o Combate às Drogas e à Criminalidade (UNODC; 2006), baseado nos dados enviados pelas autoridades policiais brasileiras, aponta o Brasil como o principal país consumidor de maconha da América Latina. Segundo o relatório, atualmente a produção brasileira de Cannabis se concentra nas regiões Norte e Nordeste do país, em áreas onde os períodos de sol possibilitam um maior número de colheitas por ano. O custo de produção é de U$ 30,00 o quilo, chegando a custar até U$ 220,00 nas zonas urbanas, e chegar ao consumidor final custando U$ 2.000, ou U$ a grama. (UNODC, op. cit.; 167-168). A agência afirma ainda que, quando os dados sobre apreensões policiais são analisados em comparação com os dados do I Levantamento Domiciliar, o cruzamento indica uma taXa de consumo por usuário de mais de 1 quilo anual, o que, ainda segundo o relatório, levanta a suspeita de distorções nos dados fornecidos sobre quantidades apreendidas, sobre a quantidade de pessoas que usam, ou em ambos.



O relatório ainda aponta que as autoridade paraguaias relataram que 85% da produção do país é destinado ao mercado brasileiro, 12% ao mercado do Cone Sul, e apenas 3% ao mercado interno. Além disso, os cultivadores se dedicaram a novas técnicas e a utilização de híbridos melhores adaptados ao clima do país, e atualmente têm conseguido uma produção maior e a confecção de uma qualidade de haxixe apreciado na Argentina e no Brasil. (UNODC, op. cit.; 168). O relatório ainda aponta que as autoridade paraguaias relataram que 85% da produção do país é destinado ao mercado brasileiro, 12% ao mercado do Cone Sul, e apenas 3% ao mercado interno. Além disso, os cultivadores se dedicaram a novas técnicas e a utilização de híbridos melhores adaptados ao clima do país, e atualmente têm conseguido uma produção maior e a confecção de uma qualidade de haxixe apreciado na Argentina e no Brasil. (UNODC, op. cit.; 168).

Referências:

CARLINI, E. Et al. II Levantamento Domiciliar sobre o uso de Drogas Psicotrópicas. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID, 2005. Disponível no endereço: http://www.unodc.org/pdf/brazil/II%20Levantamento%20Domiciliar%20Dr%20Elisaldo%20Carlini_alterado2.pdf

United Nations Office on Drugs and Crimes – UNODC. World Drug Report 2006. Disponível no endereço:http://www.unodc.org/unodc/world_drug_report.html

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